segunda-feira, 15 de junho de 2009

antes, cada vez mais perto...

Não consigo dormir...
Ainda não fui para a Índia e a Índia já me tira o sono.
Sempre que penso nestes dois meses que me esperam, sinto uma sensação de incredulidade, parece que preciso de me beliscar para acreditar que existo e que esta experiência vai existir em mim.
Sempre fui de arriscar, de me atirar de cabeça, de não pensar duas vezes, de fazer tudo, porque tenho um mundo por saber, um pouco naquele sentido de, só sei que nada sei, só sei que tenho tudo por saber.
Mas aventuras à parte, vontades de lado, quando a razão entra ao barulho cá estou eu, sem sono com tudo o que poderá vir a acontecer (sim, sofro por antecipação).
Ando sempre com a carroça à frente dos bois, ando sempre com "um olho no burro e outro no cigano", levo tudo "a peito", vivo tudo até ao fundo, se é para sorrir é para mostrar os dentes todos, se é para chorar é até não haver mais lágrimas que tirar dos olhos, é baba e ranho, é até o soluço não permitir respirar. Parece que assim é que posso saber que estou viva.
A Índia, a minha índia, que será que me reserva, vacinas no passado, àgua da torneira imprópria para consumo (quando é da torneira), casas de banho sem sanita e onde o uso do papel higiénico é quase luxo, comer com as mãos (que não se esqueçam, não podem ser lavadas com a àgua da torneira), tratar do passaporte, do visto, do seguro de viagem, de saúde (todos os seguros que não nos asseguram nada).
Regras que não são as minhas, costumes diferentes daqueles que eu conheço, pessoas que falam e entendem uma lígua/linguagem diferente daquela que eu falo, daquela que eu pratico.

Uma aventura, enriquecer, conhecimento, tudo o que é diferente é um crescimento quando chega ao nosso entendimento.

É isso que espero que a Índia seja para mim, apesar de tudo o que pode correr mal, das primeiras semanas prometerem desarranjos intestinais, das últimas semanas prometerem quilos a menos, o enriquecimento que a terra das especiarias me promete, temo me possibilitar a paixão pelas cores, pelas pessoas, pelas maneiras, pela "minha" Índia.

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