sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Em casa


Ja vos escrevo sentada no meu sofá, enrolada ao meu pijaminha. na minha casa em Lisboa. Ja voltei faz uma semana e os sentimentos começam a ser mistos de quem volta para casa e não sabe o que lhe espera para o futuro mais próximo.
Ficam as recordações e a vontade de ter feito mais. A diferença que conheci e com a qual aprendi a viver. Estou mais próxima depois desta experiência daquilo que sou e que quero fazer com a minha vida. Não sei o que vou realmente alcançar com todas estas coisas mas espero que possa ajudar me a ajudar...

Um beijo

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Já falta pouco...

Pois é, os dias passaram rápido para uns, devagar para outros e vamos a ver daqui dez dias estou a pisar solo português. Passei dois meses nesta terra exótica e aprendi com tudo o que me aconteceu.

Desde a intoxicação alimentar que me levou a um médico que me deu duas injecções de sei lá o que em cada uma das minhas nádegas e que abriu os frascos das injecções com um serrote enferrujado, deixando a sopa e pao durante uma semana.

Ao roubo daquela quantidade de dinheiro que bem podia servir para um indiano viver bem durante um mês.

À troca de casas que me levou para uma cidade no interior do Rajastão e a conhecer a cultura mais intrínseca dos indianos.

E por fim a ter de buscar a minha roupa ao caminho de ferro onde a empregada da casa da Anti onde estou em Jaipur a jogou, depois de ter achado que os meus sacos de roupa suja eram lixo.

Estas foram as experiências mais marcantes mas todo o dia a dia na Índia me fez aprender mais um pouco. Conhecer mais um pouco e no fim o lema é what doesn't kill you, makes you stronger.

O trabalho que realizei não foi exactamente o que pensava que ia realizar, o meu patrão não foi minimante inclusivo e o que poderia ter feito ficou muita àquem daquilo que fiz. Não estou triste e não trocava esta experiência por nada, mesmo que me dessem a escolher de novo sabendo tudo o que sei.

As ruas que pareciam desconhecidas agora já se comecam a tornar familiares, os lugares que a principio pareciam tão estranhos comecam a fazer parte do nosso dia a dia. Os barulhos do trânsito, os cheiros podres ou do lixo a queimar que sabiam tão mal vão ser em tudo a memória daquilo que vivi neste pais tão lindo e tão feio.

Foi uma experiência para a vida que acredito que me vai acompanhar sempre...

As saudades a crecerem e o tempo de distância a diminuir...

Daqui a nada estou de volta...

Um beijo!

Alexa

domingo, 16 de agosto de 2009

Falta de criatividade para os nomes das cidades

Queria contar-vos das minhas viagens a Udaipur e a Jodhpur mas não confundam com Jaipur, por isso é que o título deste post é a falta de criatividade para os nomes das cidades...
Udaipur é uma cidade bastante mais pequena que Jaipur e logo com ruas estreitas e uma arquitectura mais romântica.
Algo que também vim a encontrar em Jodhpur. Mas Jodhpur tem a particularidade de ser pintalgada de azul um pouco por toda a parte. Não é à toa que a chamam de blue city.

Udaipur é mais romântica, cheia de rios e lagos artificiais que podiam bem ser o palco de romances entre Maharajas e as suas amantes plebeas. O palácio de Udaipur foi o mais bonito que já vi no Rajastão com cores variadas que sinalizavam a serventia que as pessoas faziam de casa parte do palácio. Tectos cheios de espelhos, paredes pintadas com frescos e uma vista de quadro impressionista.

O fort de Jodhpur é muito mais simples que o anterior mas realmente grandioso e rematado com uma construção com as mesmas caracteristicas do Taj Mahal...ou seja, um presente de um Maharaja à sua amada. O fort é sempre castanho e esta pequena construção de cor branca apesar de mais pequena é muito mais bonita, rodeada de um belo jardim e lago.

Em Udaipur ficamos instaladas numa guest house chamada de PANORAMA GUEST HOUSE com a melhor vista da cidade que nós encontrámos e a um preco muito acessível. O restaurante no telhado tinha comida barata e muito bem confeccionada.

Em Jodhpur a nossa sorte já não foi tão grande. A primeira guest house a que chegamos chamava-se COSY mas de aconchegante não tinha nada. Queriam-nos pedir um balúrdio por um quarto que bem podia ser um quarto de um presidiário, sem luz, cheio de humidade e que parecia não ser limpo há mais de um século. Acabámos por ficar na SHYVAM PAYING GUEST HOUSE onde quarto tinha duas camas enormes e o preco o mais barato de sempre. Assim como o restaurante no telhado que foi o mais barato em que já comi.

Na Índia todas as guest houses têem restaurantes no telhado onde se come bem e barato.

Jodhpur foi uma cidade onde encontrei as pulseiras mais baratas que comprei. Existe um mercado de rua à volta do que chamam a clock tower onde se encontra de tudo a precos inimaginaáveis. Principalmente pulseiras. Prometi que levava para a minha mãe uma mão cheia. Em Udaipur o melhor foram os cadernos com capa de pele de camelo. Comprei um pelo preço equivalente a 2.5€.

Aqui é assim, trabalha-se durante a semana e nos fins de semana conhece-se.

Beijinhos compridos

A vossa Alexandra

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

De volta a Jaipur...

Querem primeiro a boa ou a má noticia...
Eu prefiro sempre as más primeiro. Então aqui vai... roubaram-me dinheiro da carteira enquanto estava lá na aldeia suspeito que tenha sido uma das mulheres que viviam comigo. Aconteceu na quinta-feira passada. Desapareceram da minha carteira 3 notas de 500 rupias (o equivalente a 24 euros, uma fortuna aqui). Eu falei com as pessoas que vivem comigo e com o meu patrão nada foi feito. Passei o fim de semana fora e quando voltei na segunda escondi a minha carteira o melhor que podia e na terça quando fui ver dela tinha desaparecido mais 1000 rupias. (no total 2500 rupias que permite ao indiano viver facilmente) voltei a falar com o meu patrão e disse-lhe que assim a vida era insuportável. Ninguém fazia nada e eu continuava a ser roubada à força toda. Decidi então no mesmo dia que me vinha embora da aldeia e foi o que aconteceu.

Agora é a boa noticia...estou de volta a Jaipur, de volta à minha família multicultural e a uma alimentação mais variada e nutritiva. A todos os sítios que vou me dizem que estou mais magra. É falta de um belo bife e de beber leite todos os dias. Aqui não há nada dessas regalias.

Como a electricidade vai ser cortada daqui dez minutos não vou poder tecer mais comentários acerca das minhas desventuras. Está tudo mais ou menos bem, tenho pena de não poder mostrar-vos algumas fotos mas estou contente e daqui 3 semaninhas estarei de volta e está prometida uma ida ao Porto... como sinto saudades vossas meus colegas de oratória...Mas está quase e a experiência promete fazer de mim uma pessoa mais forte, mais igual a mim mesma. Prometo que estou a aproveitar até nao poder mais.

Quando puder falo-vos das varias cidades que tenho vindo a conhecer. Já fui a Udaipur e hoje embarco numa viagem para Jodhpur.

Um beijo e um abraço do tamanho do mundo para todos, as saudades são tantas...

da vossa amiga Alexandra

terça-feira, 21 de julho de 2009

Kirshnaghar

Por mais estranho que o nome possa parecer é assim que se chama a "quase cidade" para onde me mudei.
Fica a duas horas de Jaipur, a meia hora de Ajmer.
Este é o meu segundo dia cá. Ontem tratei de me instalar no andar de cima do escritório.
Hoje tentei ir à escola mas comecou a chover torrencialmente, a minha salvação foi a Shanti, a empregada que veio hoje de manhã ajudar-me na limpeza do quarto, vive mesmo ao lado da escola e foi muito simpática e recebeu-me de braços abertos, eu ensopada que nem um pato que não espera chuva num dia de verão.
Ou seja não houve aulas e eu voltei para casa assim que a chuva acalmou...

A espera paciente continua, mas a frustração tem tendência a ir desaparecendo. Já me sinto um pouco mais feliz...

Há sempre quem me apoia e me escuta nos piores momentos me dá forca mesmo de longe...

Beijos grandes

domingo, 19 de julho de 2009

A minha familia multicultural

Aqui em Jaipur vivo numa casa de um casal indiano com oito estagiários da AIESEC.

SOMOS UMA PEQUENA GRANDE FAMILIA
A Shoko do Japão que já cá está há seis meses e ainda vai ficar mais seis;
A Emilie do Canadá que já cá está há dois meses e meio e que daqui duas semanas volta para o Canadá;
A Natalia, minha colega de quarto é da Colombia e já cá está vai fazer três semanas;
O Rado é o homem cá de casa é da Eslováquia e está cá há quase tanto tempo quanto eu.
Temos também a Karyna da Polónia e a Cloé da China, cujo namorado também vem para a India por estágio da AIESEC;
Por fim as portuguesas, a Joana do Porto que chegou há uma semana e a Gina, a cabo-verdiana residente em Portugal que me tem acompanhado sempre neste processo, desde a partida no aeroporto a tudo o que temos vivido aqui, é a minha companheira de viagem.

Jantamos sempre juntos e tentamos sempre combinar horários e vontades com todos, com uma família. Apoiamo-nos uns aos outros, ouvimo-nos mutuamente e vivemos realmente como uma família. Nesta casa eu sou feliz...
Agora não saber para onde vou, como vai ser a minha casa e tudo...não sei o que pensar, não sei o que sentir, apreensiva...talvez...força né?...tenho de ter força...

Dias mais faceis e dias mais dificeis

Alguém me disse um dia que a minha força inspirava, trazia bem estar e paz. Mas às vezes sinto me como uma pequena criança à espera de cair no abraço quente e confortante de quem se ama e saber só assim que tudo vai correr bem...
Os dias mais difíceis aqui na India teem-se arrastado um pouco a custo, como se o tempo não quisesse passar, como se nunca mais começasse a fazer alguma coisa a sério.
A semana passada tive a oportunidade de visitar uma das escolas em que o programa em que eu trabalho está instalado mas, a minha mudança de casa tem se tornado demorada e eu, a cada dia que passa sinto-me com menos esperança de fazer algo de interessante, algo que me propus a fazer no dia em que decidi vir para a India.
Há dias mais fáceis como este fim de semana em que tenho oportunidade de visitar monumentos lindissimos como a palácio das janelas aqui em Jaipur e o Amber Fort, dois monumentos excepcionais, envoltos em vibrações positivas e cores vibrantes.
Há dias melhores, de alegria e descoberta e dias piores de espera e pingos de frustração...
Assim, já passaram duas semanas...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

trabalhar...

Já comecei a trabalhar e que estou bastante feliz com as tarefas que me destinaram a fazer.

Vou trabalhar numa organizacao que trabalha para a literacia de miudos em toda a Índia. Pois é, isto demorou mas foi. Comecei hoje e parece que o que pretendem que eu faca é ajudá-los na avaliação dos seus modelos de ensino nas zonas rurais. Isto vai significar que provavelmente terei de mudar da casa onde estou para uma casa numa zona mais remota e ai é que a coisa complica...Não sei como vão ser as condicões e não sei se vou ter internet ou até rede no telemóvel.

Entretanto, dexando-me de alarmismos...hoje foi o meu primeiro dia na organização...para além de ler documentos que me têem sido muito úteis para perceber algumas coisas e também para me aperceber de algumas questões que tenho de fazer...

Entretanto comecou a chover imenso e houve uma inundação na cave... é claro que a Alexandra não podia ficar sentada enquanto toda a gente estava na cave a limpar entao meti maos à obra e lá fui de panos na mão ajudar a limpar a cave.
Depois do trabalho feito tresando a suor e só me apetece um belo banho.

Entretanto um dos funcionários faz anos entao andei a comer chamussas e docinhos feitos de queijo fresco e chá .... tenho certeza que a casa de banho vai receber noticias minhas mas aceitei na mesma afinal é os anos do rapaz não lhe ia fazer essa desfeita.

O pior é que toda gente falar em hindi e eu não perceber nada...

Amanhã acho que vou a uma conferência nacional da organização...pelo menos foi o que disse o boss...a ver...hi hi hi...

um beijo grande cheio de saudades para todos

terça-feira, 14 de julho de 2009

Regatear

Já devem ter ouvido falar no facto de que na Índia tudo se regateia... depois de entrar na minha segunda semana de viagem já me começo a habituar a que nada tem precos fixos e que em qualquer lado, qualquer um pode querer mais dinheiro por qualquer coisa. A capacidade de pagar o preço certo por um serviço ou produto depende da capacidade de cada um de saber qual o preço certo do mesmo e de conseguir convencer o outro de que realmente não será enganado. Tem sido uma viagem interessante no sentido da minha descoberta dessas qualidades... Nunca me vi como uma negociadora nata e agora vejo que das minhas colegas sou a que me vou desenrascando melhor. Acredito que daqui umas semanas todas nós vamos chegar a casa a gabar nos dos grandes negócios que fazemos a comprar isto ou a pagar aquilo...não nos podemos deixar intimidar, sabendo o que estamos a pagar e o valor que isso custa...ninguém nos engana...hi hi hi...ando a aprender umas coisas...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Estou na India...

Daqui a nada faz uma semana que eu estou na Índia...
Neste momento escrevo-vos de Agra a cidade onde se encontra o Taj Mahal...não consegui escrever mais cedo e peço desculpa pelos erros ortográficos mas tenho de ser rápida e o teclado é indiano logo é com dificuldade que vos escrevo. Em principio quando comecar a trabalhar (que é provavelmente entre sábado ou segunda), este problema vai deixar de existir.

Cheguei a Delhi no domingo (5 de Julho) hora local 6:20 da manhã. Mas na verdade pareciam ser cinco da tarde, o calor era abrasador e parecia que estava a entrar na atmosfera de Marte...mal consegui respirar, o smog era incrível e logo que cheguei o taxista quis enganar-me com o preço do taxi mas eu não deixei...hi hi hi

A viagem foi caótica como devem imaginar, as regras rodoviárias na Índia simplificam se não havendo regras.

Chegando ao autocarro como me haviam indicado não havia luz para comprar o bilhete então não consegui ir no melhor autocarro, por isso, as 6 horas de viagem mais pareceram 12, o autocarroa andar a 40 km por hora e todo o tipo de coisas, pessoas e animais a atravessarem se no nosso caminho.

Mal comi na viagem e não preguei olho, na verdade tava com medo do motorista que passou a viagem inteira a dizer que tinha de lhe pagar mais dinheiro por excesso de bagagem. Ah é verdade, encontramos eu e a colega que veio comigo a Gina, duas raparigas da Polónia que vieram connosco, a Ana e a Maria.

Chegadas a Jaipur ficamos 1 hora à espera que alguém da organização (AIESEC Jaipur) nos fosse buscar à paragem...
Apareceram e eu fiquei alocada numa bela casa a partilhar o quarto com uma colombiana também da AIESEC para além dela partilho casa com uma japonesa, uma canadiana e um eslovaco. A casa tem água filtrada, frigorífico e maquina de lavar, há até pessoal que tem um quarto próprio.

Tenho aproveitado para conhecer enquanto o trabalho não começa. Na terça visitei o palácio de Jaipur e hoje escrevo-vos de Agra como ja vos tinha dito.

Visitei hoje o forte de Agra e o Taj Mahal e não há palavras que consigam descrever o ultimo.

A grandeza da maravilha do mundo que é o Taj Mahal faz-nos lembrar da nossa pequenês... Como podem ver eu não tenho parado. A pobreza é algo como nunca vi na vida nem mesmo imaginei. Aquilo que diziam ser de uma maneira ao vivo é pelo menos algumas vezes pior. Ainda não tive nenhum desarranjo intestinal e tenho andado muito contente porque ainda nada correu mal, pelo contrario, os outros estagiários são muito simpáticos e aqui em Agra temos connosco pessoal da Polónia e de Marrocos para além de mais alguns portugueses.

Sempre que puder vou mandando notícias.

Um grande beijo para todos

a vossa Alexa (como me chamam por aqui)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

AMANHÃ...

Hoje, a palavra amanhã ganha novo sentido. Amanhã vou, amanhã será, amanhã, a esta hora estarei a caminhar para chegar à India...vou para a India, AMANHÃ!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Noites sem dormir

Mais uma noite sem conseguir pregar os olhinhos com os pregos do sono que há de vir. Já não é a primeira noite em que o João Pestana não vem bater à minha porta para me embalar no adormecer.
Hoje é terça-feira. Sábado será dia de viagem, será dia de aventura, de partir para o desconhecido.
A minha frase de abertura quando encontro alguém já não é: olá, tudo bem! é, vou para a índia e fico lá dois meses a estagiar. Especialmente se o olá, tudo bem vier em primeiro lugar dirigido a mim.
Não é com alegria, não é com tristeza. É com entusiasmo e apreensão que a contagem decrescente é feita, que os prós e contras são enumerados.
Um lado de mim espera (pensa saber) que tudo vai correr bem e que ao fim de um mês não vou querer voltar. Mas outra parte, aquela que tem medo de tudo o que é novo e diferente espera (pensa saber) que tudo o que for para correr mal vai correr mal.
Quero viver esta viagem mais do que outra coisa qualquer neste momento. Quero fazer um bom trabalho, quero ajudar as pessoas com o trabalho que desenvolver, ser uma boa pessoa, ser uma boa assistente social...
ESPERO (PENSO SABER) nestas noites sem dormir que por mais que pense e que espere, só quando lá chegar é que vou viver, é que vou conhecer e isso vale mais que todas as esperanças, que todos os bons ou maus pensamentos é poder viver, é poder experimentar e tirar o melhor que possa existir de tudo o que vou viver.
Não saber não é mau, é um passo para a descoberta, é um passo para o conhecimento de algo novo. Vou para a India vou sim senhora, e esse é o meu cartão de visita.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

antes, cada vez mais perto...

Não consigo dormir...
Ainda não fui para a Índia e a Índia já me tira o sono.
Sempre que penso nestes dois meses que me esperam, sinto uma sensação de incredulidade, parece que preciso de me beliscar para acreditar que existo e que esta experiência vai existir em mim.
Sempre fui de arriscar, de me atirar de cabeça, de não pensar duas vezes, de fazer tudo, porque tenho um mundo por saber, um pouco naquele sentido de, só sei que nada sei, só sei que tenho tudo por saber.
Mas aventuras à parte, vontades de lado, quando a razão entra ao barulho cá estou eu, sem sono com tudo o que poderá vir a acontecer (sim, sofro por antecipação).
Ando sempre com a carroça à frente dos bois, ando sempre com "um olho no burro e outro no cigano", levo tudo "a peito", vivo tudo até ao fundo, se é para sorrir é para mostrar os dentes todos, se é para chorar é até não haver mais lágrimas que tirar dos olhos, é baba e ranho, é até o soluço não permitir respirar. Parece que assim é que posso saber que estou viva.
A Índia, a minha índia, que será que me reserva, vacinas no passado, àgua da torneira imprópria para consumo (quando é da torneira), casas de banho sem sanita e onde o uso do papel higiénico é quase luxo, comer com as mãos (que não se esqueçam, não podem ser lavadas com a àgua da torneira), tratar do passaporte, do visto, do seguro de viagem, de saúde (todos os seguros que não nos asseguram nada).
Regras que não são as minhas, costumes diferentes daqueles que eu conheço, pessoas que falam e entendem uma lígua/linguagem diferente daquela que eu falo, daquela que eu pratico.

Uma aventura, enriquecer, conhecimento, tudo o que é diferente é um crescimento quando chega ao nosso entendimento.

É isso que espero que a Índia seja para mim, apesar de tudo o que pode correr mal, das primeiras semanas prometerem desarranjos intestinais, das últimas semanas prometerem quilos a menos, o enriquecimento que a terra das especiarias me promete, temo me possibilitar a paixão pelas cores, pelas pessoas, pelas maneiras, pela "minha" Índia.

sábado, 13 de junho de 2009

Bem Vindos!

Olá para ti... este vai ser o meu cantinho de peripécias, o meu puff de desabafos, o meu mostrador de caminhos, na viagem que me espera no pais das especiarias.
Até breve